Liderar equipes multidisciplinares em uma empresa altamente inovadora e centenária, traz uma série de desafios. Em um ambiente altamente volátil e a qual o longo prazo são 6 meses, sobra pouco tempo para pensar “qual será o próximo grande movimento?” Qual próximo modelo de negócio que vai mudar o mundo de forma disruptiva? Como resolver o mesmo problema de sempre? Ou ainda “Como testar todos os cenários que a gente sabe e os que a gente não sabe mesmo tempo agora?”
Confesso que fiquei refletindo por dias sobre a frase título deste artigo a qual escutei de Itai Green durante sua passagem pelo Brasil. Como aplicar isso no dia dia de uma empresa que faz o mesmo produto a 5 mil anos, porém de forma mais rápida, eficiente e com menos materiais, e que assim como toda sociedade enfrenta os desafios na transição para economia circular e tem papel central durante a mesma?
A inovação aberta tem sido a força motriz por trás do surgimento de várias startups em diversos setores. Na economia circular em particular as startups verdes chegam com força e desempenham um papel fundamental ao impulsionar a transição de um modelo econômico linear atual para um modelo circular.
A economia linear, caracterizada pela extração de recursos, produção de bens, uso e descarte, está se mostrando insustentável diante dos desafios ambientais e da escassez de recursos. A economia circular, por outro lado, propõe um sistema de produção e consumo que busca minimizar a extração de recursos, reduzir o desperdício e promover a reutilização, reciclagem e recuperação de materiais, fundamentais na aceleração dessa transição.
Essas startups estão introduzindo soluções inovadoras, baseadas em tecnologias de ponta, I.A, VSM de toda cadeia e novos modelos de negócios que podem ser testados simultaneamente em vários lugares. Elas estão engajando as pontas, consumidores e desenvolvendo processos de produção mais eficientes, utilizando materiais recicláveis em substituição a matéria virgem e promovendo a reutilização de produtos.
Além disso, estão criando novas plataformas digitais que incentivam a economia compartilhada e a troca de produtos e serviços entre os consumidores bem como remuneração por prestação de serviços ambientais a vários agentes da cadeia, reduzindo o desperdício e criando novas oportunidades de negócios sustentáveis.
As startups verdes também estão impulsionando a economia circular através do desenvolvimento modelos de negócio baseados em prestação serviços, agregando valor e eficiência ao longo da cadeia, não apenas estão adotando práticas sustentáveis, mas também estão gerando impacto positivo na sociedade. Elas estão criando empregos verdes e impulsionando o desenvolvimento econômico local com renda acima da média nacional onde atuam. Além disso, estão estabelecendo parcerias com grandes empresas e governos para promover ações conjuntas que visam a transição para a economia circular.
INOVAÇÃO ABERTA EM GRANDES EMPRESAS
Empresas centenárias e globais enfrentam desafios internos e externos ao lidarem com as startups. A cultura corporativa e a estrutura rígida, demora nas respostas, elaboração de contratos leoninos, bem como até a falta de carisma dos interlocutores junto aos CEOs de startups dificultam a adoção rápida das soluções propostas.
Oportunidades de ouro são perdidas as vezes por falta de empatia, ou mesmo a resposta rude um executivo (ou mesmo a falta dela)…. e la se vai o próximo “Unicórnio” indo bater na porta do concorrente, independente do potencial. Além disso, a aversão ao risco e a burocracia podem tornar mais difícil o estabelecimento de parcerias efetivas com as startups, uma vez que elas tem por característica pouca estrutura administrativa e um caixa que sangra muito rápido. É preciso entender este contexto macro e criar um ambiente leve e favorável, e de interesse mútuo e valores semelhantes, capaz de adaptar o curso e executar com governança..
Por outro lado, ao ser credenciar a ser primeira porta a bater para essas empresas, gera muito valor. Estar próximo a startups traz consigo ideias inovadoras, agilidade, visões distintas da que você considera “sempre foi assim” e uma mentalidade empreendedora.
Espero que mais e mais ideias malucas e boas histórias com começo, meio e fim possam chegar a nossa porta, e mudando o nosso mindset para o colaborativo, possamos diminuir a distância entre a ideia e a execução, e assim ser o catalisador para acelerar o aumento nos índices de reciclagem de nosso país e a nossa evolução enquanto sociedade.
Fico feliz de poder participar dessa jornada e aprender com cada startup incrível a qual já tive contato. Obrigado Itai pelos ensinamentos.
Vai dar certo.
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